O aperto estranho no peito já não podia mais ser ignorado. Ele se distraía empenhando-se o máximo no uso de toda a sua coordenação motora e reflexo, mas nem isso tirava o ‘pensar’ da sua cabeça. E o aperto no peito não se deixava ser ignorado.
Já chegava a ser uma espécie de dor física, o que ele sentia. Não era só um sentimento ruim mais. Era verdadeiramente a sensação de que um par de mãos invisíveis apertava por cima de seu coração, como que para fazer uma massagem cardíaca às avessas: com o objetivo de parar seu coração, ao invés de fazê-lo voltar a bater. A pressão na caixa torácica dificultava um pouco a respiração e até pensar com clareza estava ficando difícil (o que não o impedia de pensar, de qualquer forma).
A luta em si, para não ficar mal, estava começando a o deixar mal. A tentativa de resistir ao que não se podia resolver por si mesmo estava se tornando parte dos problemas. Além de tudo, o próprio fato de não poder fazer nada já era considerado por ele como uma derrota constante.
Cada dia era uma luta interna de resistência a tudo. Tudo havia se tornado um combate mental em um loop infinito e no momento só existia o cansaço. Extremo.
Tudo isso estava cansando. Ele estava muito, muito, muito cansado.
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